O Meeting de Manutenção Industrial tem como principal objetivo a realização de atividades de networking, conducentes à concretização de negócios futuros. Este evento que é organizado e realizado em Parceria com a APMI – Associação Portuguesa de Manutenção Industrial – contribui para o reforço de competências das empresas prestadoras de serviços uma vez que, neste evento, são abordados os processos e as técnicas de “ponta” no setor da manutenção industrial, assim como contribuí para um melhor conhecimento do tecido industrial da região e das suas necessidades. Por outro lado, as empresas que necessitam de manutenção industrial ficam conhecedoras dos serviços prestados, encontrado eventuais soluções para problemas existentes. Trata-se de um encontro WIN/WIN.

Dado o Grande sucesso alcançado no primeiro Meeting de Manutenção Industrial, a AISET, em parceria com a APMI realizaram um segundo evento dedicado ao tema.
Desta vez o MMI decorreu na Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela a 16 de outubro de 2019. O presidente da AISET, Antoine Velge,
e presidente da APMI, José Sobral, marcaram a sessão de abertura.
Antoine Velge explicou o porquê da importância da realização deste evento – “A manutenção tem ganho cada vez maior importância entre as atividades das empresas industriais. Está provado que produzir sem uma manutenção eficaz contribui para a perda de confiança dos clientes e aumenta os custos com a reparação de equipamentos. Quando uma empresa não investe em gestão de manutenção, o custo pode ser um dia de produção, a perda de matéria prima e o desgaste da equipa que sob pressão acaba não seguir os requisitos mínimos de segurança.
E, já não se trata apenas de investir em manutenção, mas obter as respostas adequadas. O aumento constante das exigências do mercado motiva os responsáveis pela manutenção a procurarem novas metodologias e técnicas indo ao encontro das necessidades da indústria. Tendo em conta a importância desta partilha, a AISET realiza este 2º Meeting de Manutenção Industrial procurado fazer “pontes” entre as empresas que produzem e as empresas que fazem manutenção”.
Neste Meeting de 2019, muito dedicado à inovação, António Roque da APMI abordou o tema “Tecnologia de Amplificação de Movimento aplicada à Manutenção Condicionada”, Tiago Silva, Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia falou sobre a aplicação prática do conhecimento com o tema “Do Campus FCT NOVA para o Campo”e Didelet Pereira, professor do Instituto Politécnico de Setúbal abordou os “Modelos Matemáticos e Fiabilidade na Gestão da Manutenção”. O debate foi moderado pelo presidente da APMI, José Sobral. Sobre o vasto tema “Manutenção Industrial em Tempos de Mudança: Indústria 4.0, internet das coisas e inteligência artificial” usaram da palavra Nelson Compadrinho da Introsys, Luís Maia Vieira da ATM, Tiago Santos da Muvu Technologies numa conversa moderada por Carlos Fonseca da Continental Teves
Neste evento que contou com a presença ao mais alto nível dos representantes dos centros do IEFP de Setúbal, Sul Tejo, Almada e Seixal, os contactos empresariais contaram com curtas apresentações das empresas que expositores.
O presidente da Câmara Municipal de Palmela esteve no encerramento do Meeting. Álvaro Amaro falou sobre a região e a necessidade de mais investimento público tendo em conta as importantes industrias da Península – “ Portugal e esta região, em concreto, já dão cartas e poderão afirmar-se ainda mais na produção de saber e na construção de soluções que articulem o melhor da indústria 4.0 com respostas aos desafios globais que enfrentamos, em particular, no que às metas ambientais diz respeito e, concretamente, no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030. A indústria não foi deixada de fora deste conjunto de linhas-mestras e é-lhe especialmente dedicado o ODS n.º 9 “Indústria, Inovação e Infraestruturas | Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação”. Julgo que a indústria e a tecnologia têm sido os motores de criação do futuro e que saberão, também, agarrar esta oportunidade de utilizar a evolução tecnológica para nos guiar em direção a um futuro que seja marcado pelo equilíbrio, pela sustentabilidade, pela saúde, pela Paz e pelo respeito pela Vida. (…) Não obstante, com a responsabilidade de manter mais de 900 quilómetros de caminhos e estradas municipais, não é possível corresponder a todas as expetativas e há um conjunto de intervenções estratégicas que não se compaginam, como poderão imaginar, com o orçamento de um Município da nossa dimensão. (…) Apesar das insistentes propostas e da participação na discussão pública a nível nacional com vista à elaboração do Programa Nacional de Investimentos 2030, foi com preocupação e descontentamento que vimos excluídas deste documento estratégico, com implicações diretas na definição das políticas europeias de apoio para a próxima década, o conjunto de investimentos considerados estruturantes que propusemos e continuamos a reivindicar para o Concelho, nomeadamente, a requalificação das circulares Sul e Norte/acessos à Autoeuropa, a execução da circular regional exterior à margem sul para ligação dos principais centros urbanos mais periféricos e Áreas de Acolhimento Empresarial, incluindo troços para transporte em sítio próprio, a construção das variantes às Estradas Nacionais 379 e 252 e a eliminação das portagens do nó da A2 entre Palmela e Setúbal. Esta é uma luta que continuaremos a travar (…).
Já no encerramento do encontro, o diretor geral da AISET fez um balanço positivo deste segundo Meeting de Manutenção Industrial. “A participação foi boa os networks realizados foram muito interessantes com as partes, empresas e clientes, a ficarem com uma ideia exata daquilo que está disponível no mercado. Tivemos aqui novas pessoas, novas empresas, novas parcerias e uma atualização de conhecimentos”. Nuno Maia Silva mostrou-se satisfeito com a importância que se verificou neste encontro entre a área académica e a parte empresarial considerando “muito importante esta junção. Estamos perante um mundo novo, não sabemos como estaremos dentro de cinco anos por isso temos de nos preparar no presente”.

O primeiro Meeting decorreu a 16 de outubro de 2017 no Museu da Baía do Tejo e contou com a presença de 130 pessoas que representaram cerca de 60 empresas. O evento que se divide em espaços e/ou momentos distintos, inclui palestras, mas também um espaço para expositores. Neste primeiro Meeting participaram 9 empresas expositoras entre associados e não associados. Na palestra que contou com a Intervenção do então Diretor Geral da AISET, Óscar Arantes e com a presença do então presidente da AMPI, José Lopes dos Santos, 13 oradores debateram temas como “A evolução do outsourcing à gestão de ativos” e “Aproximação entre empresas industriais e prestadores de serviços”.
A poucos dias de tomar posse, Frederico Rosa, que veio a ser o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, foi um dos ilustres convidados para assistir ao debate entre especialistas e professores universitários. Os diretores de manutenção de empresas como SGL Carbon (Tiago Albarran),
Lauk Portuguea (Telmo Mestre), Lusosider (Rui Gonçalves), Secil (Samuel Guerreiro) e Visteon (Jorge Marques), debateram as principais questões que preocupam as indústrias e as soluções mais adequadas. Didelet Pereira, professor do Instituto Politécnico de Setúbal e António Mourão, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia foram os académicos escolhidos para falar do “estado da arte” da manutenção em Portugal e no mundo.
O evento resultou num grande sucesso não só pela pertinência do tema mas pelo networking que possibilitou entre oferta e procura de manutenção industrial.
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