A AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal – nasceu a 15 de dezembro de 2014. Há muitos anos que um grupo de gestores e empresários pensava na necessidade de criar um organismo que colmatasse a falta de representatividade das empresas industriais da Península de Setúbal.
Antes ainda da Estritura Pública da Associação, este grupo de gestores e empresários elaborou um Manifesto Industrial contendo as principais razões para a constituição de uma associação representativa da indústria e da região.

Empresas fundadoras

  • Continental Teves Portugal – Sistemas de Travagem, Lda
  • Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda.
  • Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A.
  • Jaime F. Ribeiro
  • Lauak Portuguesa-Indústria Aeronáutica, Lda.
  • LISNAVE – Estaleiros Navais, S.A.
  • Lusosider – Aços Planos, S.A.
  • Navigathor Company S.A.
  • Sapec Parques Industrial, S.A.
  • Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento S.A.
  • Systion Electronics, Lda
  • SN Seixal – Siderurgia Nacional, S.A/ Megasa
  • Visteon Portuguesa, Ltd.
  • Volkswagen Autoeuropa, Lda.

Manifesto Industrial – Península de Setúbal

Potencialidades

“A Península de Setúbal sempre foi, ao longo do processo de industrialização, em Portugal, uma  região  estratégica  para a localização  de industrias,  sobretudo a partir  de meados da década de 60, do século passado,  com   a melhoria de todo o tipo de acessibilidades, a introdução do ensino superior, nomeadamente  nas áreas da engenharia e gestão,  a melhoria dos portos  de mar,  a criação de estruturas de lazer e  obviamente a proximidade de Lisboa e do seu aeroporto.
Todavia, conforme tem sido amplamente comentado e reconhecido, a região, rica em potencialidades, propiciadoras de oportunidades de desenvolvimento (evidenciadas em todos os trabalhos de diagnóstico realizados), precisa de   uma estrutura emergente da sociedade civil, que dinamize e represente os   legítimos interesses   da região, nomeadamente, do seu tecido industrial. A ausência de uma tal estrutura torna-se particularmente evidente, numa época  de grande  aceleração  dos processos de mudança   tecnológicas  e sociais onde o sucesso da industria  e das empresas,  está  muito dependente   das relações   estabelecidas  entre os  vários   interventores  do processo industrial.
Este facto representa riscos e consequências graves, para o investimento industrial na  região e para a qualidade de vida das pessoas. O processo de alteração administrativa da actual NUT III, da península de Setúbal e as suas eventuais   consequências,  é o mais recente exemplo”.

Reflexão

Ao reflectirem sobre a situação da realidade actual da indústria, na Península de Setúbal, versus cenários de uma “realidade futura” os signatários, deste manifesto, são unânimes em reconhecer:
A Península de Setúbal dispõe de potencialidades propiciadoras de oportunidades de desenvolvimento que não estão a ser geradoras das mais valias correspondentes.
A Península de Setúbal foi equipada, nos últimos 20 anos, com um conjunto de infraestruturas que podem ser motivadoras, para investimentos industriais relevantes, na linha do que aconteceu com os investimentos de Ford, VW e GM, no início da década de 90 do século passado e cujos benefícios são de todos conhecidos quer na inovação tecnológica quer no contributo da melhoria social da região.
Os signatários deste Manifesto, não se identificam com o actual quadro associativo da região e concluíram ser necessário encontrar uma estrutura que represente e dinamize os reais interesses da actividade industrial na Península de Setúbal.

Ação

Os signatários, representantes das maiores empresas industriais da Península de Setúbal, reconhecem ser urgente o seu envolvimento na criação e liderança de uma nova estrutura associativa que, de forma activa e positiva, se assuma como a voz dos interesses da actividade industrial neste território.
Para esta nova estrutura industrial, a criar, os signatários comprometem-se com as seguintes ideias de princípio:

Visão

Fazer da Península de Setúbal um local de excelência para o desenvolvimento da actividade industrial, em Portugal, de forma a melhorar as condições necessárias para atrair   novos investimentos e a alcançar uma posição relevante do PIB per capita, a nível nacional.

Propósitos

Valorizar a actividade industrial na Península de Setúbal, por intervenção e liderança da iniciativa privada, em colaboração com as instituições de ensino e outras existentes e futuras.
Desenvolver uma atitude de competitividade   nos agentes económicos da Península de Setúbal, pelo exemplo de boas práticas das empresas associadas, na melhoria dos factores sócio técnicos e pela formação contínua de todos os interventores.
Envolver-se com organismos oficiais, clientes e fornecedores internacionais, das empresas associadas e potenciais investidores   na atracção de novos projectos de investimento industrial   na Península de Setúbal.
Representar os interesses comuns dos associados, sempre que necessário, quer junto do poder político quer de outras organizações nacionais ou estrangeiras a que a associação se venha a ligar, por decisão da sua assembleia geral.
Colaborar com o poder político central e local, quando solicitado, e exigir ter a qualidade de parceiro, sempre que estiverem em causa projectos de investimento estruturantes, no território da Península de Setúbal

Abrangência

O âmbito da nova associação será a actividade industrial, na Península de Setúbal, por ser aquela a que os signatários se dedicam e pretendem desenvolver.
Palmela, 22 de Abril de 2014

SIGNATÁRIOS: António Melo Pires – Autoeuropa; Leonor Freitas-Casa Ermelinda; José Rodrigues – Lisnave; Nicolas Mehrle – Fisipe; Carlos Medeiros Abreu – Secil; Adriano Silveira – Portucel; Alvaro Alvarez – Siderurgia; António Freitas – Systion     ; Markus Klie -Continental Teves; Armando Gomes – Lauak; Antoine Velge – Sapec; Manuel Carvoeira – Lusosider; João Paulo Ribeiro – Visteon e Jaime F. Ribeiro.